domingo, 8 de fevereiro de 2009

O Prof. Carlos Fiolhais já veio a Cerveira!

Em colaboração com o Departamento Científico, a nossa Biblioteca organizou juntamente com a Biblioteca Municipal, a vinda até nós do físico Carlos Fiolhais, para nos dar uma conferência inicialmente chamada "A Física Quântica para todos", mas que à última hora mudou para "Deus joga aos Dados?", em honra do escritor Luandino Vieira, que informou que estaria presente na Biblioteca Municipal para ouvir o Prof. Fiolhais. O Prof. falou para os alunos do 12.º A e B de Física e de Biologia, assim como para os alunos das turmas A e B do 11.º ano de Física e Química A. Estiveram presentes a quase totalidade dos alunos inscritos, cerca de 60, assim como vários docentes da nossa escola de Física, de Biologia e de Matemática.



Toda a gente se divertiu, pela certa, já que o Prof. Fiolhais é dono de um estilo muito próprio: despreocupado, muito divertido, com piadas de chorar a rir, bom falante sem amplificação “microfónica”, muito seguro da História da Física e bom comunicador. Falou cerca de 1 h e o tempo passou depressa: Einstein não tinha razão quanto à física quântica - Bohr o seu grande adversário e amigo ganhou a disputa. A física quântica começou a 1900 com Planck e a sua hipótese quântica para o problema do corpo negro, prosseguiu com Einstein que postulou que a própria luz só existia em quantidades bem definidas; Rutherford e Bohr prosseguiram o caminho; mais tarde De Broglie com o incentivo do próprio Einstein propôs que as partículas materiais se comportavam como luz!

Mais tarde Schrodinger propôs uma equação que descreve o comportamento das partículas; Born fez a interpretação correcta em termos de probabilidade e Heisenberg propôs o seu famoso Princípio da Indeterminação e a coisa ficou mais ou menos resolvida. Faltou tempo para falar da equação relativista de Dirac; fica para uma próxima. Ao lado e em baixo apresentam-se algumas fotos e um pequeno vídeo com o Prof. Carlos Fiolhais em acção. Ah! E é claro, Deus joga efectivamente aos Dados! Qual é a probabilidade de estar a observar uma jóia com diamantes do lado de fora de uma montra bem guardada e, de repente, a dita jóia lhe aparecer nas mãos?! É uma probabilidade pequena, muito pequena, mas não nula! Mais tarde ou mais cedo pode acontecer. Há que acampar do lado de fora da montra!... É o que acontece a um neutão no núcleo atómico - tem sempre uma certa probabilidade de repente estar do lado de fora do núcleo e lá vai ele!


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